Vereadores intercedem para instalação de semáforo em frente ao shopping center
A direção estadual do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) não retrocedeu a uma ideia emergencial de autoridades de Marabá para minorar o impacto do fluxo de clientes do shopping Pátio Marabá, localizado na BR-230 (Transamazônica), em frente à Faculdade Metropolitana, que abre nesta terça-feira, dia 7.
A Câmara Municipal de Marabá abraçou a discussão do assunto na Sessão Ordinária desta semana, quando o vereador Adelmo do Sindicato (PMDB) alertou os demais colegas para o risco a que estarão submetidos os pedestres que cruzarem a rodovia a partir da próxima terça-feira, dia 7.
No dia seguinte, todos os vereadores reuniram-se com Leonel Taffarel na sala da Presidência da Câmara, acompanhados do secretário municipal de Obras, Antônio de Pádua, do diretor do DMTU, Emett Alexandre Moulton, do secretário de Meio Ambiente, Carlos Brito, e de Jair Barata, da Polícia Rodoviária Federal em Marabá.
Os vereadores reconheceram o perigo de os pedestres sofrerem acidentes na chegada ou saída do shopping e chegaram a propor algumas alternativas, entre elas a colocação de faixa de pedestre e de semáforo nas duas pistas, em frente ao shopping. O que de acordo com eles, resolveria o problema paliativamente, já que a instalação de uma passarela, sobre aquele perímetro, é o mais indicado para resolver a situação.
Segundo o diretor-presidente da empresa Parkway Shopping Center, Leonel Antônio Taffarel, que foi à Câmara Municipal esta semana explicar as dificuldades que a empresa está tendo para garantir acesso ao shopping com segurança aos marabaenses, desde o ano passando foi entregue ao DNIT um pré-projeto de construção da passarela, mas lamentavelmente não houve resposta.
Em dezembro do ano passado, a empresa enviou outro pedido, agora de autorização para construção de uma faixa de pedestre e sinalização semafórica no trecho, mas também não houve qualquer definição do órgão, responsável pela gestão das rodovias federais.
Leonel Taffarel fez uma exposição sobre a importância do shopping, lembrando que o novo centro de lojas vai absorver cerca de 1.200 empregos diretos e que a empresa não pediu ao município nenhum tipo de isenção ou diminuição de imposto em sua fase de implantação. Ele pediu o apoio dos vereadores para conseguir, junto ao DNIT, a permissão para implantação da faixa de pedestres e semáforo, já que a solução definitiva seria a passarela, que deverá demorar cerca de seis meses em construção, depois que for liberada pelo órgão federal.
O diretor da Parkway concordou com a ideia dos vereadores e disse que a empresa custearia a instalação dos semáforos e a faixa de pedestre, mas precisaria de uma autorização do DNIT. Apesar dos esforços do Executivo e Legislativo, a Superintendência do DNIT no Pará negou a permissão, alegando que precisaria de um estudo demorado para isso.
Diante do impasse, os participantes da reunião, juntamente com o prefeito municipal, decidira formular um documento em conjunto em que assumem a responsabilidade pela colocação do semáforo e da faixa de pedestre e encaminharam um documento ao Ministério Público Federal, em que pedem que o órgão ministerial interceda junto ao DNIT para que resolva o impasse e evite que alguma pessoa sofra algum tipo de acidente naquele perímetro.
Participaram da assinatura do documento, todos os vereadores, o prefeito municipal, João Salame e o secretário de obras.
Entenda o dilema
O Shopping Center Pátio Marabá vai inaugurar dia 7 próximo e o acesso de pedestres ao local vai precisar de um esquema de segurança diferenciado, porque o empreendimento está localizado em frente a uma grande faculdade privada, uma distribuidora de bebidas, oficinas mecânicas e outros. O fluxo de veículos é intenso nessa rodovia, haja vista que é a única via de acesso do Núcleo Urbano da Nova Marabá, Cidade Nova e à Marabá Pioneira.
Sem uma passarela, será preciso, no mínimo, instalação de semáforos e faixa de pedestres, mas o DNIT se nega a liberar o serviço. As autoridades locais se mobilizam para que a direção do shopping realize as obras, mesmo sem a permissão do órgão federal.