Vereadores pedem Secretaria da Mulher para avanços em políticas públicas
Repercutiu na sessão ordinária desta terça-feira (15), na Câmara Municipal de Marabá, um levantamento realizado em outubro de 2024 e publicado pela Tewá 225, que indica que Parauapebas e Marabá são os piores municípios para ser mulher no Pará. A Capital do Minério ocupa o lamentável primeiro lugar e a Terra de Francisco Coelho, o segundo. No ranking nacional, Parauapebas ocupa a 5ª posição e Marabá, a 12ª.
Diante da notícia, que virou manchete em diversos veículos de comunicação no Pará e Brasil, alguns vereadores se posicionaram sobre o assunto.
O vereador Dean Guimarães foi o primeiro a se posicionar e disse que os números mostram que são necessárias políticas públicas para o enfrentamento do problema, principalmente sobre taxa de feminicídio, desigualdade salarial por sexo, percentual de mulheres na Câmara de Vereadores, taxa de jovens mulheres (15 a 24) que não estudam nem trabalham e diferença percentual entre homens e mulheres que não estudam nem trabalham.
Por sua vez, a vereadora Vanda Américo destacou que é necessário fazer um esforço conjunto de melhorar e ocupar os espaços de poder e atenção às mulheres. Para ela, é preciso mais investimentos para que a violência contra a mulher cesse e a valorização seja de fato implementada. “Temos que avançar e parabenizo a Câmara por ter criado a Procuradoria e ter abraçado o Movimento de Mulheres. A Secretaria da Mulher é fundamental para avançarmos”.
Dra. Cristina Mutran (MDB) se somou à fala da colega Vanda e lembrou que Marabá está em 12º lugar no Brasil em piores cidades para mulheres. Ela salientou que no município existem movimento sociais, procuradoria e Coordenadoria da Mulher, que lutam pela proteção da mulher em Marabá. “Vamos trabalhar cada vez mais. Conseguimos muitos avanços em Marabá, mas quando vemos uma matéria dessa, notamos que o que foi feito é um grão de areia e que é necessário se fazer muito mais”.
A vereadora disse que deve haver união dos Poderes para reverter o quadro. “O juiz Alexandre Arakaki trabalha lado a lado com a gente. A Secretaria da Mulher é um clamor de muitos, de todas as vereadoras que aqui se encontram”.
Ubirajara Sompré também opinou e frisou que o fortalecimento de ações em prol das mulheres em Marabá clama por melhoria. Ele disse que enquanto ainda estava como adjunto da Secretaria dos Povos Indígenas do Estado do Pará, ele lutou pela instalação da Casa da Mulher Brasileira em Marabá.
O parlamentar lembrou que na época já tinha um estudo que mostrava que Marabá era uma das cidades mais violentas para a mulher no Brasil. “A Casa da Mulher Brasileira só tem em capitais ou cidade de 400 mil habitantes, e está vindo para Marabá por esta condição da mulher na cidade”.