Vereadores querem que licitações beneficiem comércio local
A vereadora Vanda Américo (PSD) usou a tribuna da Câmara Municipal de Marabá nesta segunda-feira, 20, para reclamar do modelo de licitação que está sendo adotado pelo município de Marabá. Ela ressalta que nem todas as compras deveriam ser feitas na modalidade pregão eletrônico, porque acaba beneficiando muitos fornecedores de outros municípios e estados.
É o caso da recente licitação para fornecimento de pão e gás para as escolas municipais, que foi vencida por uma empresa de Belém, o que Vanda não considera justo, uma vez que existe outra modalidade, a de pregão presencial, absolutamente legal e que acaba favorecendo o comércio local, pois obriga os fornecedores a virem a Marabá, o que muitos deles acabam desistindo por causa da distância.
Vanda entende que o pregão eletrônico deveria ser realizado apenas para situações em que o município abre licitações para compra de produtos ou serviços que serão pagos com recursos federais, por exigência da lei. “Mesmo assim, há mecanismos que poderão ajudar as empresas locais, como determinar prazos para que os produtos estejam na cidade, pois o fornecedor de fora acaba não conseguindo cumprir esse quesito”, observa.
A vereadora pediu uma reunião da Comissão de Educação com o prefeito para aparar as arestas em relação às licitações que estão em curso.
O vereador Pedro Correa (PTB), o Pedrinho, concordou com Vanda e advertiu que o município precisa ser mais sensível às carências do mercado local, que passa por um momento difícil e o prefeito João Salame deveria reunir-se com a Comissão Municipal de Licitação para fazer os ajustes necessários para que essa distorção não aconteça mais. “Ás vezes, a gente deixa de arrecadar recursos para nosso município”, lamenta.
O vereador Ronaldo Yara (PTB) foi outro que se mostrou preocupado em relação às licitações municipais e chegou a afirmar que estaria havendo desvio de recursos através de licitações e que em breve vai fazer revelações neste sentido.
Em contato com o prefeito municipal, o vereador Pedro Souza disse que a ordem do gestor é justamente para que seja privilegiado o produtor local. “Vamos sentar com o prefeito e corrigir essas distorções, caso estejam acontecendo”.
A vereadora Júlia Rosa (PDT), presidente da Câmara, considerou que chamar o prefeito para uma reunião é importante para discutir essa questão das licitações. “Acho que em determinados momentos, em que a licitação não acontecer com recursos federais, que seja feito o presencial para contemplar as empresas locais”, ratificou.