Vereadores querem que problema do acesso à Folha 33 seja resolvido
Um semáforo instalado de forma paliativa para dar acesso à comunidade que mora na Folha 33, Nova Marabá, para a Rodovia Transamazônica, é apontado como causa, ou pelo menos parte do problema de uma série de acidentes, alguns deles com vítimas fatais, no trecho que liga a saída do bairro ao outro lado da duplicação da rodovia.
Ainda na sessão de terça-feira, 6, o vereador Antônio Araújo (PR) informou que vai procurar o Governo Municipal e o Ministério Público Federal para que se busque uma solução o mais rápido possível para a situação.
Para o vereador, é preciso, urgentemente, a retomada do projeto original que constava a construção de um viaduto e a passarela. “No último sábado, ocorreu o sétimo acidente com óbito. Todos os dias temos visto diversos acidentes graves. Da forma que está, as mortes continuarão a acontecer”.
Na sessão seguinte, a vereadora Antônia de Araújo Albuquerque, a Toinha do PT, que participou ativamente da discussão na época da construção da duplicação, entre o Poder Público e a comunidade, lembrou que no projeto original e nas audiências ocorridas durante o processo de viabilização da obra, sempre foi informado que haveria um viaduto com passarela para que a folha não ficasse isolada, e que na hora da realização foi feito de outra forma. Ela explicou ainda não saber a explicação, até hoje, de quem autorizou e por que o outro gestor deixou retirar o viaduto. “Fizemos reuniões no MPE e MPF, aquela passagem seria provisória e deveria ter os guardas auxiliando na orientação dos pedestres e condutores”. Para ela, o DNIT deveria dar maiores explicações sobre o fato, e assumir a responsabilidade de se fazer a passarela com o viaduto. “Não podemos, de nenhuma maneira, prejudicar mais ainda a população”, disse Toinha.
Bastou o discurso da vereadora para desencadear uma série de outros posicionamentos. Para o vereador Ronaldo Yara, além da construção do que estava previsto no projeto original, falta, por parte dos órgãos de trânsito do munícipio, um trabalho de conscientização junto à população. “Os acidentes, em sua maioria, acontecem por imprudência, avanço de sinais e faixas de pedestres, falta informação”, disse o vereador.
Ainda segundo Ronaldo, O DMTU tem arrecadação e o fundo municipal tem recurso para ser investido em trabalho de conscientização. “Em Brasília, foi feito dessa forma e se reduziu, drasticamente, a violência no trânsito. Campanhas educativas devem ser pensadas pela gestão, que deve trabalhar em cima de um planejamento”.
Adelmo lembrou que não apenas o caso da Folha 33 deve ser analisado e ter uma resposta do DNIT, mas a forma como foram construídas as vias marginais. “As estradas feitas ao lado da duplicação devem ser chamadas de vicinais e não marginais”, bradou Adelmo.
O vereador Pedro Correa, o Pedrinho, que fazia parte do Poder Executivo quando o projeto original foi aprovado, falou que sempre constava o viaduto da Folha 33. “Infelizmente, foi feito da forma errada, deve ter havido algum acordo político para tirar o viaduto”, acusou Pedrinho.
Pedro Correa ainda informou que o atual secretário de Obras, Antônio de Pádua, entregou um projeto com a construção de um elevado, mas, a realização, vai depender do DNIT liberar o financiamento para a obra. “Quero que o DNIT apresente um relatório conclusivo dessa obra, para que essa Casa possa tomar as providências devidas, inclusive, saberemos de quem partiu a ideia de fazer a mudança e tirar o viaduto da Folha 33”.
Guido Mutran foi enfático ao afirmar que houve várias modificações no projeto inicial, dizendo que o DNIT tem que verificar se a empresa, executora da obra, cumpriu o que havia acordado no projeto. “Temos que ter a informação do DNIT, se foi cumprido ou não o que havia sido colocado no projeto”.