Vereadores querem solução para o aumento de informais em vias públicas

por claudio — publicado 20/06/2013 16h23, última modificação 14/04/2016 09h10
Eles reconhecem o drama do desemprego, mas observam que é preciso discutir o problema para melhorar a imagem da cidade

As ocupações em vias, praças e espaços públicos por comerciantes e ambulantes em áreas urbanas de Marabá esteve em pauta na sessão desta terça-feira, 18. Para alguns vereadores, é hora do setor de Postura do município tomar as providências cabíveis e possíveis para que haja uma solução, de forma ordeira, o mais rápido possível.

Pedrinho Corrêa (PTB) apresentou, na sessão, vários slides ilustrando a situação de diversas praças, canteiros, orla e logradouros públicos de uma forma geral, que estão sendo ocupados de forma indevida e desordenada por ambulantes, gerando problemas sociais e poluindo às vias públicas. “Estão criando lojas a céu aberto, fazendo comércio em espaço e vias públicas”, criticou.

Pedrinho ressaltou que não se pode apenas tirar esses comerciantes dos locais onde eles atuam, mas procurar alternativas para que essas pessoas exerçam seu trabalho de forma digna e segura.

 

Pedro Souza, líder do governo, lembrou que o trabalho informal é um problema que há tempos vem trazendo preocupação aos gestores de Marabá, e que ao longo dos anos o dilema vem se acentuando. “Esse serviço é a forma de vida dessas pessoas”, frisou o líder governista na Casa, sugerindo que se marque uma reunião com o secretário de Segurança Institucional e da Postura do Município para debater, junto com os ambulantes, a melhor solução para o imbróglio. Na opinião dele, deve haver uma readequação e uma realocação dessas pessoas para áreas mais apropriadas.

Guido Mutran alertou para a forma como se vai dar o processo. “Se tirarmos essas pessoas sem darmos opções, iremos aumentar o desemprego e a violência nesse município”. Para Guido, em algumas feiras existem arrecadação por parte dos presidentes de associações dos feirantes, contudo, infelizmente, não se sabe para onde o dinheiro vai, e que é preciso que se preste conta desse recurso, para que não ocorra desvio. “O município precisa ter regras a serem cumpridas, mas deve dar opção para que as pessoas continuem sobrevivendo”.

Gilsim fez alusão, em plenário, sobre a situação de uma das ruas mais antigas de Marabá a ter esse tipo de ocupação, a Getúlio Vargas, localizada na Marabá Pioneira. “Lamento profundamente a ocupação desornada da Avenida Getúlio Vargas, não apenas por ambulantes, mas, por empresários que também já invadiram as calçadas”, alfinetou, mas ao mesmo tempo se dispondo pessoalmente para ajudar a Postura na resolução do problema nessa área.

Para o Coronel Araújo, através da criação do Micro Crédito Produtivo Municipal, o município poderá dar suporte de investimento para o pequeno comerciante. “O trabalho da Postura é importante desde que seja precedido por um formulário de cadastro e se gere uma nova oportunidade de trabalho para o cidadão”, frisou o vice-presidente da Câmara.  

 

Por sua vez, a presidente da Câmara, vereadora Júlia Rosa (PDT), ponderou que grande parte dos ambulantes da Getúlio tem loja às proximidades, cabendo ao setor de Postura se adequar e fazer um levantamento correto e justo, dando alternativa a quem realmente precisa.

Ronaldo Yara disse que há pouco tempo, se iniciou um trabalho com a Postura na Feira da Folha 28, em um processo de recadastramento. Disse ainda que ficou definido que as pessoas que tinham mais de um ponto não poderão permanecer em ambos, evitando o monopólio e dando oportunidade a outras famílias. Yara revelou também que está ocorrendo um reordenamento e uma nova organização aos domingos, e     que os feirantes irão pagar tributos ao município. “A partir do momento em que se organizam esses espaços, o cliente compra mais e as pessoas faturam mais, o resultado virá. É difícil, mas vamos continuar”.