Vereadores reclamam da não garantia de vagas ao 1º emprego em Marabá
O vereador Miguel Gomes Filho usou tribuna na sessão desta terça-feira, 27, e criticou o não cumprimento, por parte do Poder Executivo Municipal, do acordo para que as empresas que prestassem serviços ao poder público, que garantissem 5% das vagas dos contratos para os jovens que buscam seu primeiro emprego.
De acordo com o parlamentar, o município vem deixando de cumprir a lei municipal, da autoria dele, Miguelito, e aprovada pela Câmara. “No processo seletivo, uma das exigências é de que se você trabalha no poder público, você tem ganha um ponto por ano; se trabalhou até 5 anos, e no setor privado, meio ponto por ano. Ora, como é que o rapaz do primeiro emprego vai concorrer se ele já sai devendo. Isso é uma excrescência, isso não é possível. Estamos descumprindo a lei que a gente criou. Nós, que eu digo, é o Poder Executivo”.
Ele informou que no PSS do Executivo, cerca de duas mil pessoas já foram chamadas e que nenhum dos selecionados oportunizou vagas do primeiro emprego, que legalmente deveriam ser observadas.
O vereador Alecio Stringari, presidente da Câmara Municipal, reconheceu que, se existe lei, deve ser respeitada, sendo que os 5% de vagas precisam ser destinadas para o primeiro emprego. Para ele, a experiência de outros empregos deve ser desconsiderada nas vagas do primeiro emprego. “Precisamos cumprir os 5%, independente do histórico da pessoa, visto que quem está atrás do primeiro emprego não tem histórico nenhum”, observa.
Outro que concordou com Miguelito foi o vereador Ilker Moraes, que questionou como é que alguém que acabou de sair do ensino médio vai passar no PSS, se não tem experiência. Para ele, é preciso uma união de esforços do Executivo e Legislativo para o cumprimento da lei. “Devemos ir ao Ministério Público e cobrar, porque os jovens não conseguem o primeiro emprego no processo seletivo de sua cidade. Os que estão no primeiro emprego devem concorrer entre si. Devemos somar forças e elaborar este documento para irmos ao MP e ajuizar ação”, alertou.