Vereadores reclamam de tomógrafo parado no HMM
Durante a sessão ordinária de terça-feira, dia 10, dois vereadores usaram a tribuna da Câmara Municipal para falar sobre um dos dilemas no Hospital Municipal de Marabá (HMM), cujo tomógrafo está sem funcionar há cerca de três semanas, deixando dezenas de pacientes sem o exame, que custaria cerca de R$ 800,00 na rede privada.
O primeiro a usar a tribuna para falar sobre o assunto foi o vereador Frank do Jardim União (SD), que pediu que a Comissão de Saúde solicite à terceirizada, Madre Tereza, que informe, por meio de documentos, a escala dos horários da mereda, do jantar, e da folga dos médicos no HMM, porque toda vez que ele vai ao hospital, os profissionais não estão trabalhando.
“Estamos indo para terceira semana de caos do tomógrafo. Um servidor me disse que está desconfortável para ele ir trabalhar todos os dias no hospital sem o tomógrafo funcionando. São realizados cerca de 70 exames por mês. Tentaram alegar que houve um problema de queda de energia, mas a verdade é que o software venceu, e o município não paga o valor correspondente para o funcionamento do equipamento, porque um novo custa cerca de R$ 100 mil. Tentaram colocar um paralelo, funcionou cerca de dois dias, mas depois parou”, revelou.
Segundo ele, os pacientes aguardam o exame para poder passar por avaliação médica e muitos não têm o recurso para fazer esse exame na rede particular.
Como frequentador assíduo do Hospital Municipal, Frank do Jardim União pediu, na tribuna, que o município contrate mais um servidor para o setor de raios X, porque a demanda é muito grande e os que atuam lá não estão dando conta da quantidade de exames a serem feitos diariamente.
Minutos depois, também na tribuna, o vereador Fernando Henrique ratificou o problema do tomógrafo do HMM e clamou à gestão municipal para que solucione o problema que tem deixado dezenas de pessoas na fila de espera até que o equipamento seja consertado e elas possam ser submetidas ao exame que precisam. “Todos os dias eu recebo mensagens de pessoas de nossa cidade reclamando que não conseguem acesso ao referido exame porque o equipamento está quebrado. É um problema de licença de software que precisa ser resolvido junto ao fabricante do produto com urgência. Peço, encarecidamente, que o líder do governo procure nos dar uma resposta sobre esse assunto”, disse Fernando Henrique.
O vereador também reclamou que as ambulâncias que levam pacientes ao HMM estariam todas quebradas. Fernando Henrique disse que já conversou sobre esses dois assuntos com o diretor do HMM e outros gestores da saúde do município, mas até agora o problema não foi solucionado. “Quantas pessoas estão ocupando leitos no hospital e que poderiam estar em casa se tivessem sido feitas as tomografias e avaliadas pelos médicos?”, disse ele.