Vivo se exime de resolver “silêncio” na zona rural

por claudio — publicado 12/03/2014 16h55, última modificação 14/04/2016 09h11
"Zona rural sofre mais ainda com a falta de assistência das operadoras", diz Alecio Stringari

O vereador Alecio Stringari, que reside na Vila Capistrano de Abreu e é um defensor permanente de demandas para beneficiar a zona rural, lamentou que a operadora Vivo não consiga resolver o problema de falta de sinal de telefonia móvel em várias, embora saiba que a Claro foi quem ganhou recentemente licitação para levar a oferta desse serviço para as comunidades rurais do município.

Stringari disse que mesmo assim, segundo soube por pessoa bastante experiente no setor, a Vivo poderia oferecer o serviço nas vilas que quisesse, o que não acontece hoje. “A gente queria ver nessa audiência um projeto exposto em relação ao município de Marabá. Queria ver no projeto para o município de Marabá como um todo. Por mais que a Claro tenha ganhado licitação para fazer linhas na zona rural, nada impede que uma outra operadora opere. Há 50 mil pessoas morando na região do Rio Preto e temos uma grande demanda por telefonia e a Vivo não tem nenhum projeto para a zona rural do município, lamentavelmente”.

Josivaldo Araújo Gomes, da Vila Capistrano de Abreu, residente em Marabá há 28 anos, disse que como usuário da Vivo na zona rural, tem plano controle, mas está decepcionado. Como líder comunitário, há dois meses fez ligação para a Central da Vivo em São Paulo para informar que na região onde mora consegue captar sinal de todas as operadoras, mas apenas de emergência. “Se a Vivo não consegue atender a demanda, pede para sair”, sugeriu, em tom irônico.

Helber Wanderley Oliveira, gerente regional da Vivo, disse que sobre o edital de licitação para a zona rural, a Vivo não apenas não venceu, como estaria impedida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de operar na zona rural de Marabá. “Temos 474 comunidades pedindo sinal, mas não podemos fazer atendimento nenhum”, alegou.